Tachos&Porcelanas e os símbolos taoístas nas porcelanas da Dinastia Ming: a «cesta de flores»

Tachos&Porcelanas  continua a apreciar o significado dos símbolos taoístas usados nas porcelanas da Dinastia Ming: a Cesta de Flores.

Trata-se de um elemento que caracteriza outro dos 8 imortais, Lan Caihe, o qual, por surgir retratado como um menino, como um velho, ou ainda como uma jovem mulher, tem suscitado muita curiosidade. É, de facto, o menos conhecido dos 8 imortais e chega mesmo a ser retratado como hermafrodita; a sua referência surge sempre no contexto dos restantes 7 imortais, pelo que é defendida uma posição secundária de Lan Caihe face aos demais.
Reza a história mitológica que, na altura em que ainda era mortal, usava roupas quentes no verão e frescas no inverno (estação em que dormia ao relento, deitado na neve) e apenas usava calçado num dos pés. Viajava de cidade em cidade e vivia da dança e da música, simplificando a satisfação das suas necessidades primárias, como o repouso e a alimentação, ao momento em que as sentia, desprezando preocupações com as futuras.
Num certo dia, enquanto bebericava vinho numa taberna inundada pelo som de uma música, surgiu um grou e, montando o seu dorso, subiu aos céus libertando-se, à medida que ascendia, das vestes e de um sapato.
É retratado usando uma cesta de flores associadas à longevidade e é o patrono dos actores, dos pedintes e dos jardineiros.

 

In English

Tachos & Porcelanas continues to appreciate the meaning of the Taoist symbols used in the porcelains of the Ming Dynasty: the Flower Basket.

The Flower Basket is the element that characterizes one of the 8 immortals, Lan Caihe, who arouses curiosity because sometimes he is portrayed as a boy or as an old man and other times as a young woman or even as hermaphrodite. He is the least known of the 8 immortals. He always appears in the context of the remaining 7 immortals, reason why it is defended his secondary position among the others.
According to the mythological history, while mortal he used to ware warm clothes in summer and cold ones in winter (this last he used to sleep in the open, laid in the snow) and only ware one shoe. He traveled from city to city and lived from dance and music, simplifying the satisfaction of his primary needs, such as rest and food, as he felt them, neglecting preoccupations with future ones.
One day, as he sipped wine and listening a song in a tavern, a crane appeared to him and, riding it, ascended to the heavens, freeing himself from his clothes and the shoe.
He is depicted using a flowers basket as a symbol of longevity and is the patron saint of actors, beggars and gardeners.

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