Tachos&Porcelanas e os cominhos

Os Cominhos (Cuminum Cyminum) são originários do Médio Oriente e do Egipto, onde eram utilizados na culinária e no embalsamento dos corpos, tendo as suas sementes sido num túmulo funerário egípcio de 3.700 A.C.; semelhante descoberta ocorreu em Tel el-Der, Síria. Chegaram à Europa pelas mãos dos árabes tendo, igualmente, feito parte do quotidiano gastronómico Grego e Romano; na Índia foram-lhe reconhecidas propriedades pela Ayurveda.

Esta especiaria também foi usada pelos Celtas, no século I A.C., para confeccionar peixe.

Encontram-se-lhe várias referências tanto no velho como no novo Testamento:

«Porque a ervilhaca não se trilha com trilho, nem sobre o cominho passa roda de carro; mas com uma vara se sacode a ervilhaca, e o cominho com um pau» Isaías 28:27
«Não é antes assim: quando já tem nivelado a sua superfície, então espalha nela ervilhaca, e semeia cominho; ou lança nela do melhor trigo, ou cevada escolhida, ou centeio, cada qual no seu lugar?» Isaías 28:25
«Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas». Mateus 23:23
Na Idade Média, na Europa, era frequentemente utilizado tendo-se, aliás, tornado um símbolo de amor e fidelidade uma vez que era utilizado em ofertas entre pessoas que se amavam. Assumia, assim, na Europa o espirito que lhe era incrementado pelos árabes, para os quais tinha propriedades afrodisíacas, quando utlizado com pimenta e mel.

Finalmente, ainda há a referir que os cominhos, ao contrário de outras especiarias que de lá vieram, foram levados para as Américas pelos portugueses e pelos espanhóis.

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