Em 1777, Catarina, a Grande (1729-1796), encomenda à Manufactura de Sèvres um serviço de porcelana – que ficaria conhecido por «Cameo» – composto por mais de 700 peças para o seu amante, o Príncipe Grigory Potemkin, um militar e político russo.
A riqueza do trabalho, desenvolvido entre 1778 e 1779, e a coloração do esmalte (que obrigou à cozedura repetida das peças) exigiu a participação de mais de metade dos pintores da Manufactura de Sèvres, 1/3 dos douradores e o empenho pessoal do respectivo chefe, Jean-Baptiste Étienne Genest.
Na época, a porcelana era considerada um bem mais valioso do que a prata e o bronze e commumente referida como o «ouro branco». Como resultado da dedicação de Sèvres, o preço cobrado a Catarina foi o equivalente ao que hoje seriam cerca de 50 MILHÕES de dólares. Catarina recusou-se a pagar a quantia. Ainda assim, o Serviço foi enviado ao Princípe Potemkin e a dívida permaneceu por saldar até 1792, ano em que, para evitar a falência de Sèvres por dificuldades económicas, Catarina a saldou e assim salvou a referida Manufactura.
Curiosidades!!!