O Conde Dmitry Alexandrovich Guryev (1751-1825) dirigiu, entre 1801 e 1825, o Gabinete de Sua Majestade Imperial durante o reinado de Alexander I.

Durante este período, a Fábrica Imperial de Porcelana recebeu vários subsídios que garantiram a sua continuação produtiva. Para assegurar a optimização das produções, Guryev recrutou três mestres da Fábrica Real de Berlim (Schulz, Schreiber e Seiffert), contratou Pimenov (professor da Academia de Artes) e alguns artistas de Sèvres (nomeadamente Henri Adam, Denis Moreau, Jacques-François Swebach e Ferninand Davignon).

Neste contexto, no início do século XIX, as artes foram contempladas com o classicismo russo, seguindo o perfil do estilo império, e o serviço de porcelana que marcou esta época foi precisamente o que ficaria conhecido pelo Serviço Guryev.

Na realidade, este serviço de cor vermelho-acastanhado (inspirada no Serviço «Olympian» de Sèvres, apresentado por Napoleão a Alexander I em 1807) e ouro e com decorações das paisagens de Moscovo, São Petersburgo e Gatchina e cenas da vida russa, destinado a 50 convidados, foi encomendado por Alexander I para o palácio de inverno de São Petersburgo. Demorou 8 anos a ser produzido (de 1809 a 1817) e teve como objectivo comemorar a vitória da Rússia sobre Napoleão. No início, era apenas um serviço de jantar, mas durante o reinado de Nikolau I e II foi ampliado, passando a ser também de chá e café, perfazendo, no final, cerca de 4500 peças.

Foi inicialmente baptizado de «Serviço de Jantar Russo» e foi guardado nos aposentos da Imperatriz Elizabeth Alexeyevna (1779-1826) mulher de Alexandre I. Contudo, em 1848 foi re-baptizado «Serviço Guryev», na precisa altura em que foi transferido para Peterhof (frequentemente referenciado como Versailles Russo) para ser usado na Casa de Catarina em Monplaisir (um pavilhão nos jardins do Palácio de Peterhof, nas margens do golfo da Finlândia).

Curiosidades!!!